2ANO A/B/C HISTÓRIA
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2ANO A/B/C HISTÓRIA
TEXTOS DE APOIO
Renascimento:
Para
a historiografia tradicional, o Renascimento dividiria a época medieval da
época moderna. Antes, acreditava-se que o Renascimento marcaria uma ruptura com
os costumes da Idade Média, chamada por muitos de “idade das trevas”. Para a
historiografia contemporânea essa visão parece errônea, pois essa passagem do
medievo para a modernidade não foi marcada por uma ruptura abrupta, mas sim por
processo lento de mudanças. Vale lembrar que os artistas inovadores da época
eram financiados não somente pelos mecenas (banqueiros e comerciantes ricos),
mas também pela Igreja.
Renascimento
como continuidade:
As
cidades do norte da Itália desempenhavam o papel de intermediárias entre o
comércio do Oriente com a Europa, por isso, enriqueceram e desenvolveram uma
intensa vida urbana com uma classe média com uma mentalidade mais progressista.
Os comerciantes ricos queriam se tornar nobres e a nobreza desejava o dinheiro
dessa burguesia. Para esses negociantes, o papa era visto como um ser humano
comum, com ambições e com um exército, diferentemente do resto do continente,
que o via como um homem santo. As novas
concepções de mundo não surgem de uma hora para outra, mas sim se basearam em
mudanças de atitude que vêm de três ou quatro séculos, logo, o Renascimento
representa a continuidade de processos que vinham se desenvolvendo desde o
século XI.
Renascimento
como ruptura:
Baseia-se
na escolástica de São Tomás de Aquino, onde “nada é verdadeiro se não for
afirmado por Aristóteles ou pelos padres da Igreja”. Levando-se em conta que a
experimentação foi indispensável para as invenções e mudanças da época,
significaria uma ruptura que teria levado ao renascimento.
Movimentos
intelectuais da Idade Moderna:
Antropocentrismo
(homem como centro) em oposição ao Teocentrismo (Deus no centro). O homem passa
a ser visto não apenas como criatura de Deus, mas também como criador de
inúmeras coisas.
Humanismo:
resgate dos autores da cultura clássica; questionamento do ensino tradicional
nas universidades, centrado no ensino religioso; desenvolvimento do espírito de
pesquisa.
Racionalismo:
invés da supervalorização da fé (verdades reveladas), queriam construir um novo
mundo explicado pela razão e pela ciência. Para isso foi preciso estimular o
racionalismo e a ciência experimental
Divulgação
das ideias:
Ocorreram
através dos mecenas, ricos que financiavam os artistas da época e
principalmente pela invenção da imprensa de tipos móveis de Guttenberg, que fez
aumentar o número de livros impressos e leitores; barateamento do custo do
livro.
Renascimento
Científico
O Renascimento Científico deve
ser entendido dentro do contexto do Renascimento Cultural, ocorrido na Europa
entre os séculos XV e XVI. Foi um período marcado por grandes avanços nas
ciências, possibilitados pelos estudos e experimentos de grandes cientistas.
No Renascimento houve uma grande
mudança na produção de conhecimento. A razão passou a ser um dos principais
objetivos daqueles que pretendiam desvendar os grandes mistérios do mundo
físico. Mesmo tendo a forte oposição da Igreja, muitos cientistas buscaram
métodos de produção de conhecimento através da experimentação, observação e
comprovação.
Características
principais:
- Uso da pesquisa e investigação
como métodos de produção de conhecimento científico.
- Grandes avanços nas áreas de
Astronomia, Medicina, Matemática, Física, Química e Biologia.
- Desenvolvimento de instrumentos
científicos, principalmente na área de observação astronômica.
- Formulação de várias leis da
Física e teorias matemáticas.
Reforma
Religiosa:
Importante
movimento religioso que dividiu o cristianismo em Igreja Católica e igrejas
protestantes. Fatores como o interesse na diminuição dos poderes temporais da
Igreja, confisco de terras e bens da Igreja, descompasso entre a doutrina da
Igreja (condenação ao lucro e usura) e os anseios da burguesia (busca pelo
lucro); divergências entre algumas doutrinas (pobreza e castidade) enquanto
membros do alto clero possuíam filhos naturais e viviam no luxo. Imprensa foi
fundamental na divulgação dessas ideias.
Primeiros
reformadores:
John
Wycliffe (Inglaterra) e John Huss (antiga Tchecoslováquia).
Wycliffe
condenava as indulgências e o poder temporal da Igreja. Traduziu a Bíblia para
o inglês;
Huss
condenou as indulgências, associou questões religiosas ao nacionalismo tcheco.
Foi excomungado e queimado.
Martinho
Lutero era monge católico e chegou à conclusão de que a salvação depende da fé
e não das obras do homem; era contra as indulgências, venda do perdão dos
pecados. O dinheiro arrecadado era para a construção da basílica de São Pedro;
Povo passava necessidades enquanto bispos viviam no luxo. Lutero foi
excomungado, porém alguns príncipes do Sacro Império o protegeram. Eles tinham
interesse em diminuir a influência da Igreja na política da região e confiscar
terras e bens da Igreja.
Carlos
V chegou a permitir o luteranismo nos principados que apoiaram Lutero, mas
proibiu o culto nos principados católicos. Por essa razão, os príncipes
protestaram na Dieta de Worms (assembleia), daí o nome de protestantes.
Reforma Calvinista
Em 1534 Calvino começa a
pregar na França, é perseguido e refugia-se na Suíça. Lá organizou a Igreja
Calvinista, com pastores, fieis e conselhos de anciãos. Calvino propôs reformas
mais radicais que as de Lutero, pois acreditava que a salvação se conseguia
pela fé, mas que também era Deus quem escolhia os seus eleitos (predestinação).
O culto consistia em comentários da Bíblia feitos por sacerdotes sem paramentos
e igrejas sem imagens de santos.
Calvino governou Genebra,
na Suíça, onde proibiu a dança e os jogos de azar.
Reforma Anglicana
Henrique VIII era rei da
Inglaterra, casado com Catarina de Aragão. Envolvido com Ana Bolena, pediu seu
divórcio ao papa, que de pronto negou-lhe. O rei então se aproveitou da situação
para romper com a Igreja. Na verdade, Henrique VIII, queria escapar do controle
do papa e submeter a Igreja ao Estado. Henrique VIII criou a Igreja Anglicana,
que mescla o culto católico com práticas protestantes, onde o rei é o líder
religioso.
A CONTRARREFORMA
A Igreja Católica viu-se
em situação desesperadora com o avanço do protestantismo, que se estendia por
toda a parte. Para a reorganização da Igreja, foi indispensável o surgimento da
Companhia de Jesus (Jesuítas), criada por Ignácio de Loyola em 1534. Os
jesuítas, soldados de Cristo, organizaram o Concílio de Trento, que tomou as
seguintes medidas:
·
Restaurou os
tribunais da Inquisição, que sob o comando dos dominicanos reprimiu
violentamente o avanço do protestantismo em Portugal, Espanha e Itália;
·
Criou a
Congregação do Índex (Índex Librorum Prohibitorum), uma lista de livros
proibidos aos cristãos;
·
Criação de
seminários para formar padres;
·
Criação do
catecismo.
A partir daí, desencadearam a Contrarreforma,
com medidas de combate aos protestantes através da criação de colégios de
ensino primário; difusão do catolicismo a povos não cristãos e a contenção do
protestantismo pelos Tribunais da Inquisição.
Atividades:
Exercícios
de fixação:
- Para conseguir construir a basílica de
São Pedro, era necessário muito dinheiro. O que fez o papa para conseguir
essa soma para a construção da igreja?
a) Usou seu próprio dinheiro na construção.
b) Pediu
empréstimo aos bancos.
c) Vendeu indulgências aos fiéis.
d) Apreendeu os salários dos padres.
- De acordo com as ideias de Martinho
Lutero, como se daria a salvação de um fiel?
a) Pelas obras.
b) Pela fé e pelas obras.
c) Só os predestinados seriam salvos.
d) Pela fé.
- A Contrarreforma serviu para:
a) Aumentar o número de protestantes na Europa.
b) Levar as ideias protestantes à América.
c) Combater o catolicismo no mundo inteiro.
d) Combater o avanço do protestantismo e buscar
novos fieis para a Igreja Católica.
- Podemos assinalar como sendo uma das
medidas tomadas pelo Concílio de Trento:
a) A Restauração dos tribunais da Inquisição, sob
o domínio dos dominicanos.
b) A Reaproximação com os protestantes que
voltaram a se unir com a Igreja Católica.
c) A Tradução da Bíblia para outras línguas.
d) O fim do catecismo.
Pesquisa:
“Principais
nomes do Renascimento”
O
aluno deverá realizar pesquisa sobre o tema e destacar ao menos um nome em cada
área a seguir: pintura, escultura, medicina, física, astronomia, teatro e
literatura.
A
pesquisa deverá conter capa com nome e série, e bibliografia.
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