8ANOS A/B/C GEOGRAFIA





















8ANOS A/B/C GEOGRAFIA


8º ano A - Professora Flávia
Aula 1

Habilidade : ( EF08GE01) Identificar e descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os  principais fluxos migratórios e analisar os fatores históricos , políticos , econômicos , culturais e condicionantes físico- naturais associados à distribuição da população humana , pelos continentes , em diferentes períodos .


Pesquisa para ser feita no caderno.

Pesquise em livros didáticos e no Atlas Geográfico Escolar e/ou em diferentes sites da internet , informações sobre o processo de formação territorial dos países americanos a partir das influências pré-colombiana e colonial .
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Habilidade : (EF08GE25)Analisar os fluxos de migração da América Latina e relacionar com os aspectos econômicos , políticos , sociais, culturais e ambientais , em diversos países da América Latina .  

Atividade para realizar em seu caderno
No mundo contemporâneo vivemos múltiplas mudanças de ordem econômica, politica , cultural , social e ambiental .Diante dessa dinâmica , surgem diferentes problematização que nos fazem refletir sobre questões relacionadas aos Direitos Humanos .Leia o texto abaixo e, em seguida , responda às questões propostas no seu caderno.

Texto- A CRISE NA VENEZUELA

A Venezuela tem passado por uma grave crise política e econômica  , gerando problemas humanitários vivenciados por sua população ,Segundo relatório da Organização dos Estados Americanos ( OEA-2019) , em 2018 cerca de 5.000 venezuelanos abandonaram o país por dia , por conta de problemas de “ escassez de alimentos e medicamentos , hiperinflação , violência generalizada , colapso econômico (...) e a violação em massa e sistemática dos direitos humanos “.Neste mesmo ano , “ 3,4 milhões de venezuelanos , aproximadamente mais de 10 % da sua população , fugiram para diferentes destinos da América Latina e Caribe “.
 O relatório ainda faz uma previsão para o final do ano de 2019, no qual o total de migrantes e refugiados ultrapassem os 5 milhões de pessoas , número que se aproxima ao fluxo de refugiados dos conflitos armados nos países da Síria e do Afeganistão em 2015.Dentre os principais países que receberam estes migrantes e refugiados estão a Colômbia ( 1,2 milhões de venezuelanos ), Peru (700.00) , Chile ( 265.800),  Equador ( 250.000), Argentina ( 130.000) e Brasil ( 100.000 pessoas ).

Fonte :Informe preliminar sobre a crise dos migrantes e refugiados venezuelanos na região.OEA , março de 2019.Texto adaptado para o Material de Apoio ao currículo paulista .

a) De acordo com o texto , quais são os fatores de expulsão dos venezuelanos do seu país de origem ? Qual a sua opinião sobre essa situação ?

b) Tomando por base as informações contidas no texto, construa um gráfico de coluna com os dados dos principais países que receberam migrantes e refugiados venezuelanos :

c) Sobre as características dos movimentos migratórios forçados contemplamos reflexões acerca do(s) contexto(s) vivenciado (s) pelas áreas de expulsão e tração , em especial na América Latina . registre as principais reflexões 
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Aula 3  De 27 à 30 de Abril - 8A

Habilidades : ( EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica , aplicar os indicadores demográficos ,  e analisar as mudanças sociais , culturais , politicas , ambientais e econômicas decorrentes da transição demográfica , em diferentes regiões do mundo .
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO E MAPA: ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Leia, atentamente, os textos e o mapa a seguir.

Texto 1 – Índice de Desenvolvimento Humano O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador idealizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, três pilares constituem o IDH (saúde, educação e renda), mensurados da seguinte forma:

• Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida;

• O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança;

• O padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.

A escala do IDH varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento do país, e próximo de zero, menor o desenvolvimento de um país.

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Adaptado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.

Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/ conceitos/o-que-e-o-idh.html>. Acesso em: 16 mar. 2019.

Para saber mais sobre o IDH, acesse o texto “Progresso no desenvolvimento humano marcado por ‘grandes desigualdades’”, publicado em 14 set. 2018 no site das Nações Unidas (ONU News) e disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2018/09/1637922> e/ou por meio do QR Code ao lado. Acesso em: 6 nov. 2019.

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH 2017







Após leitura dos textos e análise do mapa , com o apoio de um Mapa Mundi .
Responda no seu caderno às questões propostas.

a) O IDH é um indicador socioeconômico pautado em dados econômicos e sociais. Quais são os três pilares levados em consideração? Explique como é analisado cada pilar.

 b) Conforme apresentado no texto 1, o IDH varia de uma escala de 0 a 1, de modo que quanto mais próximo de 1, maior será o desenvolvimento desse país. Diante dessa informação, observe o mapa e indique: 03 países que apresentam IDH muito alto; 03 países que apresentam IDH médio e 03 países que apresentam IDH muito baixo.

c) Identifique o IDH de 03 países do continente africano, 03 países do continente americano e compare-os com o IDH de países considerados potências mundiais, como Alemanha, Japão e Rússia. A que conclusões se pode chegar?
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Aula 4

Habilidade: ( EF08GE01) Identificar e descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios e analisar os fatores históricos , políticos , econômicos , culturais e condicionantes físicos -naturais associados à distribuição da população humana, pelos continentes , em diferentes períodos .
Unidade Temática: O sujeito e seu lugar no Mundo
Situação de Aprendizagem 1 : América Latina : Formação Territorial e suas Paisagens .
   ATENÇÃO ESTUDANTE: RESOLVER AS ATIVIDADE EM FOLHA SEPARADA, PARA ENTREGAR NA ESCOLA DIA 12 DE MAIO (TERÇA-FEIRA)
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DE IMAGEM DA ESCULTURA E DE TEXTO
Com o intuito de ampliar o estudo da formação territorial da América Latina, observe e análise
a imagem da escultura “Mão”, de Oscar Niemeyer, e leia o texto que descreve a respectiva obra.

A escultura “Mão”, de Oscar Niemeyer, tornou-se o
símbolo por excelência do Memorial e um marco
urbano. [...] Na sua palma, há o mapa do subcontinente
americano em baixo-relevo, pintado em esmalte sintético vermelho, lembrando sangue a escorrer. Essa
Mão espalmada está estendida para os povos irmãos.
Sobre esse aspecto, diz Niemeyer: ‘Suor, sangue e
pobreza marcaram a história desta América Latina tão
desarticulada e oprimida. [...]”


Memorial da América Latina oferece visitação virtual

Imagem 1 – Escultura “Mão”, de Oscar Niemeyer. Fonte: Wikimedia Commons. Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2019.
do Estado de São Paulo – Secretaria da Cultura. Disponível
em: <http://www.memorial.org.br/obras-de-arte/mao/>.
Acesso em: 9 set. 2019.
A escultura “Mão”, de Oscar Niemeyer, desenhada em 1988 e construída no Memorial da
América Latina, em São Paulo, representa uma homenagem às lutas dos povos da América Latina
por liberdade, soberania e justiça social.  propomos as seguintes questões:
1) “Será que o ‘suor, sangue e pobreza ‘que ‘marcaram a história da América Latina’ permanecem nos dias atuais?
2) As paisagens retratam essas marcas?” Registre as principais ideias, conhecimentos e aprendizados no seu caderno.
3) - Fazer pesquisa sobre ás principais características dos povos da América Latina na atualidade ( Formação territorial , Característica populacional , característica física ( clima , relevo e Hidrografia) No caderno.

Em caso de dúvidas, envie para o e-mail:  flavinhaung@gmail.com suas dúvidas serão respondidas de segunda à sexta dentro do horário das 8h às 17h
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8ºs anos B e C - Professor Francisco Angelo
Aula 1

1) A respeito do processo de regionalização do continente americano, analise os itens a seguir:

I – A América Anglo-saxônica foi colonizada majoritariamente pelos povos ingleses.
II – A América Latina corresponde aos países colonizados por portugueses e espanhóis e está localizada exclusivamente na América do Sul.
III – A América Latina compreende os países da América Central e do Sul, incluindo o México, que pertence ao Nafta.
IV – Além de portugueses e espanhóis, pode-se afirmar que holandeses e ingleses também participaram do processo de colonização da América Latina.
São verdadeiras as assertivas:

a) I, III, IV
b) II, III, IV
c) I, II, III
d) I, II, IV
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2) A organização dos países em blocos econômicos visa facilitar a economia dos países, estimulando as trocas e a produção comercial. Sobre os principais blocos, suas características e finalidades, assinale a alternativa correta.

a) ALCA – constituída por países africanos, promove a valorização de seus produtos, possibilitando a concorrência com a economia asiática.
b) MERCOSUL – reúne todos os países da América Latina e visa ampliar as trocas comerciais e o fluxo de pessoas entre os seus membros
c) CEI – reúne os países da Europa Ocidental que são liderados pela Inglaterra, que, por sua vez, detém a hegemonia econômica dessa parte de continente.
d) União Europeia – formada por todos os países da Europa, permite a livre circulação, no continente, de pessoas e mercadorias.
e) NAFTA – formado pelos países da América do Norte, eliminou  as  barreiras tarifárias entre os seus membros.
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3)  Relacione corretamente:
(1) América Latina
(2) América Anglo-saxônic

( ) Estados Unidos e Canadá
( ) Tinham como objetivo ocupar o território e fixar sua população, formando uma nova Inglaterra.
( ) Colônias de povoamento.
( ) Colônias de exploração.
( ) Produção agrícola baseada na grande propriedade, produzindo um único produto e com a utilização de trabalho escravo.

Marque a sequência correta:
a) 2 2 2 1 1
b) 1 1 1 2 2
c) 2 2 1 1 2
d) 1 1 2 2 1
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4) A regionalização histórico-social da América divide o continente em:

a) Três regiões: América do Norte, América Central e América do Sul.
b) Duas regiões: América Latina e América Anglo-saxônica.
c) Cinco regiões: países que falam língua inglesa, países que falam língua espanhola, países que falam francês, países que falam holandês e países que falam português.
d) Quatro regiões: Países Platinos, Países Andinos e Guianas e o Brasil.
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5)  Responda em seu caderno, com extensão territorial de 42 milhões de quilômetros quadrados, a América é o segundo maior continente. Essa grande porção territorial é subdividida em três grandes regiões, denominadas subcontinentes. Cite os três subcontinentes da América e indique três países de cada um deles.
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Aula 2

Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Habilidade de Geografia Currículo Paulista:  (EF08GE27*)


500 línguas nativas correm perigo na América Latina
Da Patagônia à América Central, um atlas registra os idiomas originários que os povos indígenas, ameaçados hoje por pressões econômicas e culturais, lutam para manter vivos
Das comunidades mais recônditas (ocultas/retiradas) da Amazônia aos bairros de grandes cidades sul-americanas como Lima e Buenos Aires, as nações originárias e seus idiomas nativos atravessam todo o território da América Latina. Memória viva de saberes que sobreviveram ao pior das conquistas europeias, as línguas originárias sobrevivem ameaçadas pela pressão econômica sobre seus territórios, pelo êxodo rural e pela falta de apoio público.
Devido ao patrimônio cultural que representam e à vulnerabilidade que chega ao perigo de extinção iminente em muitos casos, a Unesco declarou 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Para a instituição, o direito de uma pessoa utilizar o idioma que prefere é “um pré-requisito para a liberdade de pensamento, opinião e expressão”.
A América Latina não é a região com maior número de línguas, nem de falantes de idiomas nativos − segundo uma estimativa muito aproximada, seriam 25 milhões −, mas é a que apresenta mais diversidade. As 500 (mais ou menos) línguas nativas faladas estão agrupadas em 99 famílias que se estendem da Patagônia até a Mesoamérica, segundo o Atlas Sociolingüístico de Pueblos Indígenas en América Latina (“atlas sociolinguístico de povos indígenas na América Latina”), publicado em 2009 sob o auspício do Unicef e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), que continua sendo um dos trabalhos mais completos para localizar essa realidade.
Essa diversidade é a principal riqueza linguística da região, pois é um reflexo da diversidade cultural e étnica de seus povos e permite investigar a história do povoamento do território ao longo dos milênios, como explica Inge Sichra, sociolinguista austríaca radicada em Cochabamba (Bolívia), coordenadora do Atlas e fundadora do Programa de Formação em Educação Intercultural Bilíngue para os Países Andinos (Proeib Andes).
Línguas sem Estado
Para a escritora mixe e linguista Yásnaya Elena Aguilar, não existem características linguísticas comuns a todos os idiomas originários, mas sim uma sociopolítica. “São línguas de povos que sofreram colonização, mas não formaram um Estado próprio”, explica.
Aguilar, que recentemente fez um histórico discurso em mixe no Congresso mexicano, destaca que na época independência, em 1810, cerca de 65% da população do México falava uma língua indígena, mas hoje esse índice é de apenas 6,5%. Houve todo um processo de homogeneização cultural, que se apoiou no sistema educativo dos tempos da Revolução Mexicana (1910-1921) e continua até hoje no trato com as instituições públicas, que funcionam quase exclusivamente em espanhol.
Para Aguilar, os casos mais graves só o setor de saúde e o sistema de Justiça, que quase nunca contam com intérpretes, algo que põe em risco a liberdade e a vida das pessoas. Não foi sempre assim. Diante de um Estado “que se comporta de forma monolíngue”, Aguilar lembra a experiência histórica de Oaxaca − o Estado do sudoeste mexicano onde vive o povo mixe −, onde no século XIX os professores das escolas municipais eram funcionários das comunidades e ensinavam nas línguas próprias.
Na época da independência, em 1810, cerca de 65% da população do México falava uma língua indígena, e hoje são apenas 6,5%
Quando a cultura oficial é escrita apenas em espanhol e quase não existe educação formal fora desse idioma, escrever literatura contemporânea em uma língua originária é quase um ato de heroísmo. É isso que a poeta maia Briceida Cuevas Cob faz desde o início dos anos noventa. Sua poesia se concentra “nas coisas simples que vão nos deslumbrando”, como “um amanhecer, que é um processo” ou “o comportamento de uma árvore”, explica em uma entrevista. Seu método de criação é bilíngue: primeiro escreve em maia e depois, em espanhol, dando vida a um segundo processo criativo que também é “uma ponte” para alcançar aqueles que não podem ler os originais.
Cuevas Cob é originária da comunidade de Tepakán, no sudeste do México. Nessa área, participando de oficinas de escrita e criando uma espécie de movimento cultural, formou-se um grupo de autores maias no final do século XX. “Falar da importância da escrita em língua originária é falar desse processo e de seu resultado, que se vê por meio do grande número de autores que escrevem atualmente [em idioma nativo]”, explica.
Recursos e êxodo rural
O bastião das formas de vida indígenas é tradicionalmente o meio rural, com populações culturalmente mais homogêneas. Hoje, a sobrevivência dessas culturas e de seus meios de expressão está ameaçada pelas pressões econômicas sobre os territórios e pela migração para as cidades.
Segundo Aguilar, “o maior desafio para os povos indígenas é o neoextrativismo”, já que a luta por recursos produz ataques contra seus territórios e seus bens comuns. A ativista lamenta que enquanto as instituições e a sociedade do México aplaudem as expressões culturais dos indígenas, aqueles que se envolvem nas lutas em defesa do território são reprimidos e até mortos.
“Os ativistas assassinados no México em defesa do território e dos recursos eram, na maioria, ativistas de povos indígenas”, assinala. Segundo a ONG Global Witness, a agroindústria e a mineração são os principais negócios vinculados ao assassinato de líderes ecologistas no mundo, e a América Latina é a região que mais sofre esse tipo de ataques.
Os cerca de 500 idiomas nativos falados na América Latina se agrupam em 99 famílias, que se estendem da Patagônia à Mesoamérica
Outra ameaça para a diversidade linguística é o êxodo rural, que faz com que até alguns idiomas tão falados como o quéchua e o aimará estejam em perigo. Sem as políticas adequadas para reforçar o bilinguismo, a vida na cidade interrompe em muitos casos a transmissão da língua de mãe para filho.
Para Sichra, os idiomas originários mais falados devem ser oficializados e equiparados ao espanhol, mas isso deve envolver políticas efetivas: é necessário que o bilinguismo funcione nas instituições públicas, que ele seja utilizado na educação de forma integral, e que os funcionários tenham as capacidades necessárias.

Cuevas Cob também pede que nas comunidades indígenas o idioma próprio seja a língua veicular da educação, mas reconhece que estudar em maia não traz automaticamente melhores condições de vida, ressaltando que a promoção da linguagem originária e de oportunidades de desenvolvimento para seu povo têm de andar de mãos dadas.
Nesta época de globalização e Internet, o espanhol se torna mais atraente. “É complicado, porque uma criança cresce, está no Face, nas redes sociais, e poucas vezes se interessa por um texto em língua indígena”, diz a escritora. “Quando cursei o ensino básico, nos anos setenta, todas as crianças falavam em maia, não podíamos falar em espanhol porque nos dava risada e não sabíamos”, lembra.
O digital e as boas práticas
Talvez uma forma de revitalizar os idiomas originários seja levá-los ao mundo digital, concordam alguns especialistas, e são muitas as iniciativas para isso. Em El Alto (Bolívia), os jovens bilíngues do coletivo Jaqi Aru traduziram o Facebook, estão desenvolvendo um curso de aimará para a plataforma Duolingo e criam artigos para a versão da Wikipédia em sua língua, que já tem 4.410 entradas.
Além disso, existem versões da enciclopédia digital em quéchua (com mais de 21.000 artigos), náhuatl e guarani, assim como projetos para desenvolver versões em maia e wayuunaiki. O mesmo está sendo feito com o Firefox, o navegador de Internet de código aberto: sob o projeto Mozilla original, vários grupos trabalham na tradução de seus aplicativos para os idiomas CH’ol (México), mixteco, paipai purépecha, tének, triqui, tojolobal, tostil, zapoteco e duas variedades de náhuatl no México, assim como para o guarani no Paraguai, o ixil e o kaqchikel na Guatemala e o náhuatl pipil em El Salvador.
Também há experiências positivas por parte do Estado. O Paraguai se aproxima de uma situação de bilinguismo total com o ensino de guarani nas escolas e seu uso habitual nas instituições públicas, nos negócios e na vida cotidiana. Segundo o censo de 2012, 77% de seus habitantes falam guarani paraguaio, uma variedade utilizada pela maioria criolla (descendente de europeus) e mestiça do país, de modo que algumas classificações não a consideram uma língua originária.
Sichra destaca o bom exemplo do Peru, onde o Ministério de Cultura está apoiando ações da comunidade, promovendo a maior participação dos falantes e criando políticas de incentivo para que os funcionários públicos aprendam e usem o quéchua. No Peru também foi lançado em 2017 o filme Wiñaypacha, o primeiro do país rodado totalmente em aimará.
ALGUMAS DAS LÍNGUAS MAIS FALADAS
Quéchua: falado no Peru, Bolívia, Equador, e, em menor medida, na Colômbia, Argentina e Chile. O Atlas Sociolingüístico de Pueblos Indígenas en América Latina, de 2009, estima que na área andina vivam mais de seis milhões de quéchuas, embora nem todos sejam falantes do idioma.
Aimará: falado principalmente na Bolívia e no Peru. O Atlas estima que quase dois milhões e meio de aimarás vivam na zona andina. Assim como o quéchua e outros idiomas nativos da América do Sul, essa língua foi um meio de evangelização do século XVI até o fim do século XVIII, o que contribuiu para uma normatização rápida, explica a sociolinguista Inge Sichra. "As leis da Coroa [espanhola] e os afãs republicanos logo foram contra essas línguas gerais e a favor da espanholização. Essa força normativa desapareceu e as línguas voltaram ao seu estado natural de alta variabilidade", explica.
No México são falados 55 idiomas originários distintos, segundo o Atlas. Entre eles se destacam, pelo número de falantes, o náhuatl (1,3 milhão), o maia (759.000), as línguas mixtecas (423.000) e as zapotecas (411.000), entre muitas outras.
O guarani: existem povos que falam idiomas da família tupi-guarani na Bolívia, Brasil, Paraguai e Argentina, mas a variedade mais falada é o guarani paraguaio. No censo paraguaio de 2012, o número de habitantes que declararam falar essa variedade guarani foi maior do que o das pessoas que afirmaram falar espanhol.
Línguas (e povos) em risco
Muitos dos idiomas originários têm poucas dezenas ou centenas de falantes, ou já se extinguiram e só deixaram registros. Segundo o Atlas, há 122 idiomas com cem falantes ou menos nos países da América Latina, como o chortí em Honduras, o paraujano na Venezuela, o culina no Brasil e o leco na Bolívia.
Na Amazônia, onde vivem cerca de 800.000 indígenas de quase 250 povos ou nações, sobrevivem muitas das línguas em perigo. Muitas de suas comunidades, principalmente as que vivem de maneira mais tradicional ou em isolamento voluntário, são as mais vulneráveis à exploração petroleira, mineração ilegal, exploração florestal e construção de infraestrutura viária e energética. As mesmas forças que ameaçam acabar com sua biodiversidade são um grave risco para suas culturas originárias.

“500 línguas nativas correm perigo na América Latina”, publicado no portal do El País (15 Abr. 2019), disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/29/internacional/1553860893_490810.html Acesso em: 30/03/2020.

Após a leitura do texto abaixo e tendo em vistas as discussões iniciadas em sala seguem-se as questões que deverão ser registradas no caderno.
Obs. Todo registro no caderno deverá conter a data e a referência de atividade.


a)    produzir uma síntese; -
Uma síntese é um tipo de texto que contempla as principais ideias de outro texto. O próprio nome já indica que ela é um pequeno resumo, um apanhado geral das ideias essenciais e sem aprofundamento. Portanto, ela nunca pode ser maior que o texto original.



b)    Responda: O cantor e compositor Zé Rodrix (1947/2009), em 1976 compôs a canção Soy Latino-americano e nunca me engano, os versos desta canção discorrem sobre a maneira típica da sociedade brasileira tendo em vistas o “jeitinho brasileiro” de ver as coisas. A partir do contexto social brasileiro, que é bem específico, tendo como exemplo a língua falada e suas características culturais. Como podemos definir que somos latino-americanos e não há engano nisso.
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Aula 3 - De 27 à 30 de Abril 8ºs B e C



Unidade temática: O sujeito e seu lugar no mundo
Objetivos da Aprendizagem: Detalhar os principais aspectos relacionados aos movimentos populacionais: os conceitos (migração, emigração e imigração) e os fatores relacionados aos movimentos (atração e repulsão; adversidades e oportunidades).
Habilidade de Geografia Currículo Paulista: (EF08GE004) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.

Ex. dd/mm/ano; Blog Atd.3 Abr/2020.

Fluxos migratórios
Migração do campo para a cidade perde força
Diante da perda de peso do êxodo do campo para a cidade na maioria dos países da América Latina, surgiram novos “fluxos migratórios” na região, mais “complexos” e que envolvem também a mudança de cidadãos da região para outros países, segundo o relatório divulgado pelo programa ONU-Habitat.
As migrações na região “se produzem fundamentalmente entre cidades, às vezes traspassando as fronteiras internacionais”, diz o estudo. Outro fenômeno relevante são os movimentos de população dentro das cidades, entre o centro e sua periferia e as cidades-satélite.
Estima-se que em 2010 mais de 30 milhões de latino-americanos e caribenhos (5,2% da população total) residiam fora de seu país de origem. Os principais destinos dessa emigração são os EUA – onde fixaram residência a maioria dos latino-americanos que deixaram seus países –, seguido por Espanha e Canadá.
Com quase 80% de sua po­­pulação nas cidades, a América Latina é uma das regiões mais urbanizadas do mundo, mas convive com redução do crescimento demográfico e praticamente com o fim da migração campo-cidade, responsável pelo “boom” da urbanização até os anos 90. As conclusões estão no relatório “Estado das Cidades da América Latina e Caribe 2012”, divulgado ontem pelo programa ONU-Habitat.
Na região, 79,4% da população residia em cidades em 2010, nível só inferior aos do norte da Europa (84,4%) e da América do Norte (82,1%).
O relatório destaca, no entanto, que a urbanização, que “explodiu” entre 1950 e 1990 e gerou oito megacidades (mais de 5 milhões de habitantes), perdeu força nas duas últimas décadas.
Tal fenômeno é fruto do menor crescimento populacional, proporcionado pela redução da natalidade. Ainda assim, a ONU estima que 90% da população da região viverá em cidades em 2050.
A troca da migração campo-cidade pelo modelo cidade-cidade (de concentrações urbanas maiores para menores) fez as megalópoles crescerem de modo mais lento do que as cidades médias (até 500 mil habitantes).
Infraestrutura
Diante desse quadro e da oportunidade gerada pelo fato de a América Latina ter hoje mais pessoas em idade para trabalhar do que inativos (crianças e idosos), a ONU recomenda que se invista em novas soluções de transporte e infraestrutura, revendo o planejamento urbano e as regras do mercado imobiliário. Erik Vitrupp, técnico do ONU-Habitat, criticou o processo crescente de “espalhamento” e de expansão de grandes “manchas urbanas”.Quanto mais concentradas, diz, menos investimentos são necessários em transporte e serviços públicos.
“Essa é a vantagem da urbanização. O modelo atual de crescimento das cidades é insustentável.” Como exemplos de expansão horizontal, o relatório cita Brasília, Manaus e Belém. Para o professor Marcelo Neri ,da Fundação Getulio Vargas, a verticalização das cidades “não é algo necessariamente ruim, mas depende da forma como se faz”.
Um bom exemplo, afirma,­­ é o das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), no Rio, que tendem a atrair mais pessoas para favelas – o pro­­jeto também foi destaca­­do no relatório da ONU.Segundo a ONU, a falta de moradias é o principal problema da região, com déficit de 51 milhões de casas (2011). Já o percentual de habitantes em  favelas caiu de 33% para 24% da população entre 1990 e 2010.
Moradia persiste como um dos maiores desafios para a região
Apesar dos avanços dos serviços públicos, o problema da moradia persiste na América Latina, segundo dados da ONU. O déficit habitacional na região subiu de 38 milhões de residências em 1990 para uma cifra entre 42 milhões e 51 milhões em 2011. Trata-se, segundo a ONU, de “um dos maiores desafios” da região. O percentual de pessoas que viviam em moradias precárias (favelas e assemelhados), porém, caiu: passou 33% em 1990 para 24% da população em 2010. Esse porcentual, porém, varia muito entre os países: era 5% no Suriname e de até 70% no Haiti – no Brasil, chegava a quase 30%; na Argentina, oscilava em torno de 20%. Por outro lado, o relatório destaca que tem “melhorado consideravelmente” as condições de acesso aos serviços básicos: a eletricidade estava presente entre 97% e 100% das áreas urbanas em 2010, a cobertura na água encanada atingia 97% das moradias e o saneamento atendia 86% das residências. Não existem, porém, dados precisos sobre a qualidade dos serviços e estima-se que há uma perda de 40% da água durante o  processo de distribuição – o dobro do aceitável para países emergentes.
Em seu conjunto, América Latina e Caribe formavam a região com a maior taxa de homicídios do mundo (mais de 20 por cada 100 mil habitantes), muito acima da média global (7 por cada 100 mil habitantes). Tal situação, diz a ONU, é fruto de “baixo desenvolvimento humano e econômico e grandes disparidades de renda”.
O relatório da ONU mostra ainda que em 15 cidades de nove países da região (113 milhões de habitantes) 71% das viagens realizadas ocorriam em 2007 por meio de transporte público coletivo, a pé ou de bicicleta."





https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/80-da-populacao-latino-americana-vive-em-cidades-3eh60hxet8v5bufk1531ub8su/




Responda:


1)    Segundo o texto, quais são os principais problemas vivenciados pelas populações das grandes cidades na América Latina?
2)    Analise o infográfico, em seguida faça um mapa da América Latina destacando o posicionamento geográfico das maiores cidades do subcontinente e coloque legendas coloridas para cada cidade. Pesquise em Livro Didático, Atlas Geográfico ou na internet mapas políticos.
Obs. Para auxílio segue exemplo de mapa.


Mapa político da América Latina


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Aula 4

Habilidade: EF08GE01
Unidade Temática: O sujeito e seu lugar no mundo

   ATENÇÃO ESTUDANTE: RESOLVER AS ATIVIDADE EM FOLHA SEPARADA, PARA ENTREGAR NA ESCOLA DIA 12 DE MAIO (TERÇA-FEIRA)

1)    A regionalização histórico-social da América divide o continente em:

a) Três regiões: América do Norte, América Central e América do Sul.
b) Duas regiões: América Latina e América Anglo-saxônica.
c) Cinco regiões: países que falam língua inglesa, países que falam língua espanhola, países que falam francês, países que falam holandês e países que falam português.
d) Quatro regiões: Países Platinos, Países Andinos e Guianas e o Brasil.

2)    Com relação à América Anglo-saxônica, é correto afirmar que:
a) Corresponde a todos os países que falam inglês do continente americano.
b) Corresponde aos países que foram colonizados pela Espanha.
c) Abrange apenas os Estados Unidos e o Canadá.
d) Abrange todos os países subdesenvolvidos.
e) Corresponde aos países que integram ao Nafta.

3)    O texto abordado na aula 2 do Blog (500 línguas nativas correm perigo na América Latina), apresenta um aspecto das populações da América que é a vulnerabilidade e a perda de sua identidade cultural através de línguas que foram desaparecendo. Porém algumas destas antigas línguas ainda resistem e são as mais faladas. Assinale a resposta que indica quais são estas línguas.
a)    Inglês, Francês e Papiamento
b)    Quechua, Aimara e Guarani
c)    Oacaxa, Mixe e Português
d)    Guarani, Espanhol e Oacaxa

Atenção: Para responder as questões 4 e 5 você deverá recorrer ao texto Fluxos Migratórios, que foi abordado na aula 3 do Blog.

4)    Preencha as lacunas
“Diante desse quadro e da oportunidade gerada pelo fato de a América Latina ter hoje mais pessoas em idade para trabalhar do que inativos (crianças e idosos), a ONU recomenda que se invista em novas soluções de ____________ e _____________, revendo o ____________________e as regras do mercado imobiliário.


5)    Segundo o infográfico como a população Latino-Americana está distribuída?

Em caso de dúvidas, envie para o e-mail:prof.franciscoangelo@gmail.com suas dúvidas serão respondidas de segunda à sexta dentro do horário das 8h às 17h

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Comentários

  1. Respostas
    1. Não é necessário copiar o texto, você deve fazer a leitura, analisar ao que o autor se refere em seguida responder o que se pede.

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  2. Respostas
    1. Ótimo, vai te ajudar na fixação do conteúdo. Parabéns!!!

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  3. E nessa Folha que deverá ser entregue tem que copiar as questões ou somente as resposta (numeradas e organizadas) ???

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    1. Basta colocar as respostas, no entanto, na folha deve constar a referência da atividade ( ex. atividade 4, habilidades) seu nome e série.

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